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- Neve. Havia neve por todos os lados e para onde quer que se olhasse. Neve no chão, neve nos lagos congelados e neve caindo do céu. Era um dia considerado calmo e limpo para os moradores de Frostgorge Sound, mas havia uma pessoa que estava farta de andar por aquela imensidão branca.OST - ouvir enquanto lê: Seika Kaisai (Main Theme)
Coberta por uma capa azul clara que lhe cobria da cabeça até os pés e usando um cachecol branco, uma humana desbravava os picos em busca de algo. Por debaixo da capa era possível perceber uma armadura lutando escapar do tecido da capa, que havia grudado ao metal devido a humidade do ambiente. Empunhaduras de espadas se faziam presentes também, com uma fina camada de gelo sobre elas. Nessa mansidão branca, poucas criaturas tem o interesse e a vontade de engajar em uma luta. O frio não é convidativo e o ambiente hostil afirma que apenas os mais resistentes podem andar por ai, e isso requer uma considerável força e adaptação.
Olhando em volta, a humana de nome Artúria tentava racionalizar onde estava. Ela puxou um mapa de sua capa e buscou pontos de referência para traçar sua localização. Após alguns minutos sobre a neve gélida, ela guardou o mapa e mudou de direção. Invés de continuar seguindo para o oeste ela começou a seguir para o norte, na direção das montanhas.
Sua busca era algo que tinha tanto cunho pessoal, quanto cunho político e militar. Por isso ela tinha uma grande responsabilidade em ir até o fim do mundo atrás de resultados. Atravessando a neve e seguindo por entre pequenos aglomerados de árvores pintadas de branco e algumas rochas Artúria seguia resoluta. Ela já estava naqueles picos a pelo menos uma semana. Originalmente ela tinha odiado o frio, mas depois de tanto tempo, ela havia aprendido a conviver com ele. O frio não iria sair da montanha por comodidade dela, mas ela bem que gostaria de passar apenas o tempo estritamente necessário nessa região.
O mapa havia sido comprado na base das montanhas por algumas peças de ouro. Um preço bem caro por uma informação que era pouco confiável no máximo, mas era o melhor que ela podia tentar, visto que era muito fácil se perder e morrer nestes picos. Infelizmente a jornada até ali não fora das mais fáceis, enquanto ascendia, Artúria fora emboscada por alguns bandidos tolos que estavam atrás do mapa dela. Aparentemente estes picos possuíam riquezas ocultas e isso fazia os olhos de muitos crescerem. Após fazer o tolos provarem do aço que carregava, Artúria havia resumido sua caminhada, apenas para encontrar problemas dia após dia. Felizmente, quanto mais alto ela subia, menos os problemas apareciam.
Apesar do frio aumentar consideravelmente. Os suprimentos dela durariam por mais alguns dias, então ela precisava encontrar pelo menos vestígios daquilo que procurava. Artúria estava em busca de uma caverna. Não que fosse difícil achar uma caverna em um cordilheira, mas era uma caverna específica. Aparentemente a algumas dezenas de anos atrás, uma cidade humana havia sido construída dentro da montanha e lá haviam sido armazenados alguns conhecimentos que apenas os nobres que faziam parte das famílias que foram enviadas para aquela cidade sabiam.
A questão é que a existência de tal cidade era um tanto quanto fabulosa e embora Artúria fizesse parte de uma das famílias que teoricamente haviam vivido naquela área, ela não tinha nenhuma prova além de alguns documentos muito antigos achados na residência de sua família. Tal evidencia dúbia não era o suficiente para conseguir juntar uma expedição para os picos, então Artúria fora deixada com a tarefa de ir atrás desse fantasma sozinha.
O interesse militar e político era pequeno e normalmente Artúria recusaria tal missão, uma vez que era uma importante peça da linha de frente das batalhas, mas alguma coisa nas cartas antigas de sua família fez seu interesse nesse assunto tomar proporções que ela não podia ignorar. Assim sendo, ela juntou suprimentos e resolveu caçar o passado.
Mas uma semana depois de chegar ao picos ela ainda estava no mesmo lugar, apenas estava mais alto do que a maioria dos aventureiros se interessaria em ir. Ao olhar a sua volta, Artúria começava a duvidar de suas razões para ter escalado até ali e começava a achar que aquilo que havia achado em sua casa não passasse de alguma fábula de grandeza que talvez seus antepassados tivessem criado para exaltar uma nobreza que não era tão real assim na realidade.
Após mais algumas horas de caminhada na neve, o sol começava a se pôr e o cansaço começava a se fazer presente. Artúria buscou abrigo perto de algumas árvores que ainda insistiam em crescer em tal altitude, apenas para cair em uma vala ao tentar se encostar em uma delas.
Após recobrar os sentidos e acostumar seus olhos a escuridão, Artúria olhou em volta e quase fez uma prece aos Seis quando se deu conta de onde estava. Ao seu redor haviam murais trabalhados e um corredor que se estendia para dentro da montanha, levando ao subterrâneo.